"O petróleo e os químicos afetaram a cadeia de alimentação, o que poderá ter impedido as mães-golfinho de se alimentarem de maneira adequada e, assim, desenvolverem a camada de gordura necessária" para se protegerem a elas e às crias contra o frio, explicou o especialista Graham Worthy, da Universidade do Centro da Florida, citado pela agência AFP.
Segundo o perito, as temperaturas anormalmente baixas durante este inverno, conjugadas com as consequências da maré negra sobre os mamíferos, conduziram ao "desastre do século".
Desde janeiro deste ano, 153 golfinhos, incluindo 65 crias, foram encontrados mortos nas águas do Golfo do México, ao largo do Texas, Luisiana, Mississipi, Alabama e Nordeste da Florida, de acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica Norte-Americana.
Os mamíferos foram localizados na zona mais afetada pela maré negra causada pela explosão, seguida de afundamento, da plataforma petrolífera da BP Deepwater Horizon, ao largo da costa do Estado da Luisiana, em abril de 2010.
Em três meses, o equivalente a quatro milhões de barris de crude desaguou no Golfo do México. Mais de sete milhões de litros de químicos foram usados para manter ao largo grande parte da camada de petróleo.
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